Um grupo de psicólogos se uniu para atender gratuitamente, por meio de ligações de vídeo, os servidores do Departamento Penitenciário. A ação, que está sendo organizada pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (ESPEN), é uma forma de amenizar os efeitos nocivos do isolamento social, imposto para evitar a disseminação do coronavírus (Covid-19). O serviço está funcionando desde o fim de março. Os servidores atendidos não são identificados.

Além de cuidar da higiene - lavar bem as mãos, por exemplo - e da limpeza dos ambientes, em meio a um pedido recorrente de isolamento social, é necessário que cada um cuide bem da sua saúde mental. “Pensando nisso, contamos com o apoio de psicólogos parceiros e criamos um canal específico para aqueles que precisarem conversar sobre sua saúde mental”, destacou a diretora da Escola, Marilza Hack.

Este apoio é importante para amenizar as consequências do isolamento. “O trabalho do sistema penitenciário por si só já gera uma alta carga de estresse. Somado a isso, vivemos um período de constante preocupação com o risco de ser diagnosticado com o Covid-19 e não poderem sair às ruas ou visitar familiares. Ou seja, é normal que a ansiedade esteja maior e precisemos de ajuda profissional”, afirmou a psicóloga da ESPEN, Analu Zimmermann, que acompanha os atendimentos.

Se o isolamento é importante, o cuidado com a saúde mental equilibra a balança. Cansaço fácil, tremores, falta de ar, coração acelerado, tontura, náuseas, ondas de calor ou calafrios, boca seca, mãos frias e suadas e até dificuldade para engolir. Os sintomas são variados e podem até assustar aqueles que os têm.

“Às vezes, a pessoa pode achar que tem algo mais grave, principalmente em um momento como este, mas, se ela prestar bem a atenção no que sente e tiver acompanhamento profissional, como o que estamos ofertando agora, vai se recuperar muito mais rápido”, lembrou Marilza Hack.

Para isso, basta mandar uma mensagem para o Whatsapp institucional da ESPEN (41 - 99112-3643), que o servidor é encaminhado para um dos psicólogos voluntários. A identidade da pessoa será preservada e, para receber o atendimento, basta que o interessado envie o seu primeiro nome.