Servidores do Depen participam de curso sobre justiça restaurativa 20/03/2017 - 17:10
Servidores do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) participaram de um curso sobre Justiça Restaurativa, na última semana, realizado na sede do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), em Curitiba.
Ao todo, 20 servidores do Depen que atuam nas áreas administrativa, de segurança e educação na Penitenciária Central do Estado - Unidade de Progressão (PCE-UP) fizeram o treinamento, que durou quatro dias.
A Justiça Restaurativa tem como um dos objetivos promover a pacificação em conflitos por meio do diálogo entre vítima, a outra parte e pessoas próximas aos envolvidos. De maneira vivencial, os participantes são convidados a enxergar a questão penal sob uma nova ótica.
"Sabemos que a justiça retributiva, aquela que retribui o mal pelo mal, já se mostrou ineficaz para que haja de fato uma mudança. Por isso, a restaurativa traz um novo olhar, traz a vítima, ela dá voz a essa vítima e trabalha em um processo de responsabilização do ofensor, no sentido de reparação de danos, não somente os materiais, mas também os emocionais", diz Adriana Accioly Gomes Massa, membro da Comissão de Justiça Restaurativa do TJPR e supervisora educacional da escola de servidores.
Adriana explica que para os servidores do sistema penal foi elaborado um modelo diferente de curso, que atendesse a realidade desse servidor. "Foram quatro dias intensos, em que eles conseguiram compreender intimamente o que é justiça restaurativa, as práticas restaurativas. Cada um com o seu potencial, com seu projeto de vida já está com uma perspectiva de como passar essa sementinha adiante", afirma ela.
Segundo a diretora da unidade PCE-UP, Cinthia Mattar Bernardelli Dias, a intenção é que todos os servidores participem do treinamento. "Já houve outras turmas e pretendemos estender a oportunidade a todos. O curso vem fortalecer os nossos servidores, não só no seu trabalho e na prestação do seu serviço, mas também o seu interior. É uma motivação", explica a diretora.
"É uma esperança conseguir melhorar o tratamento penal na unidade, uma possibilidade de conseguir ressocializar não apenas por meio do trabalho, da escola, da família, mas também na questão emocional, de mostrar ao detento que ele pode ter uma vida diferente", conta a agente penitenciária Aurea Paladine do Vale, que participou da ação.
A pedagoga Elizabeth Brunken acredita que a oportunidade lhe trouxe uma nova perspectiva. "O curso foi muito intenso e espero que essa intensidade possa se refletir na vida desses detentos e em nosso trabalho. Se nós pensamos em reconstrução do indivíduo, nós temos também que ter um relacionamento que faça com que aconteça esse crescimento, que inicie esse processo de reconstrução externa e interna", opina a pedagoga.
O encerramento contou ainda com a participação do desembargador Roberto Portugal Bacellar, presidente da Comissão de Justiça Restaurativa do TJPR, e o diretor da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), Edevaldo Miguel Costacurta.
Ao todo, 20 servidores do Depen que atuam nas áreas administrativa, de segurança e educação na Penitenciária Central do Estado - Unidade de Progressão (PCE-UP) fizeram o treinamento, que durou quatro dias.
A Justiça Restaurativa tem como um dos objetivos promover a pacificação em conflitos por meio do diálogo entre vítima, a outra parte e pessoas próximas aos envolvidos. De maneira vivencial, os participantes são convidados a enxergar a questão penal sob uma nova ótica.
"Sabemos que a justiça retributiva, aquela que retribui o mal pelo mal, já se mostrou ineficaz para que haja de fato uma mudança. Por isso, a restaurativa traz um novo olhar, traz a vítima, ela dá voz a essa vítima e trabalha em um processo de responsabilização do ofensor, no sentido de reparação de danos, não somente os materiais, mas também os emocionais", diz Adriana Accioly Gomes Massa, membro da Comissão de Justiça Restaurativa do TJPR e supervisora educacional da escola de servidores.
Adriana explica que para os servidores do sistema penal foi elaborado um modelo diferente de curso, que atendesse a realidade desse servidor. "Foram quatro dias intensos, em que eles conseguiram compreender intimamente o que é justiça restaurativa, as práticas restaurativas. Cada um com o seu potencial, com seu projeto de vida já está com uma perspectiva de como passar essa sementinha adiante", afirma ela.
Segundo a diretora da unidade PCE-UP, Cinthia Mattar Bernardelli Dias, a intenção é que todos os servidores participem do treinamento. "Já houve outras turmas e pretendemos estender a oportunidade a todos. O curso vem fortalecer os nossos servidores, não só no seu trabalho e na prestação do seu serviço, mas também o seu interior. É uma motivação", explica a diretora.
"É uma esperança conseguir melhorar o tratamento penal na unidade, uma possibilidade de conseguir ressocializar não apenas por meio do trabalho, da escola, da família, mas também na questão emocional, de mostrar ao detento que ele pode ter uma vida diferente", conta a agente penitenciária Aurea Paladine do Vale, que participou da ação.
A pedagoga Elizabeth Brunken acredita que a oportunidade lhe trouxe uma nova perspectiva. "O curso foi muito intenso e espero que essa intensidade possa se refletir na vida desses detentos e em nosso trabalho. Se nós pensamos em reconstrução do indivíduo, nós temos também que ter um relacionamento que faça com que aconteça esse crescimento, que inicie esse processo de reconstrução externa e interna", opina a pedagoga.
O encerramento contou ainda com a participação do desembargador Roberto Portugal Bacellar, presidente da Comissão de Justiça Restaurativa do TJPR, e o diretor da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), Edevaldo Miguel Costacurta.