Remoções mantêm unidades prisionais do litoral seguras e com baixo número de detentos 27/01/2020 - 12:50
Desde o dia 20/12, data oficial do início das atividades, até 23/01, quando terminou a primeira fase da operação, foram feitas 230 movimentações de detentos e duas revistas estruturais em delegacias do litoral. Também conta com um posto avançado no litoral da Central de Monitoramento Eletrônico o qual realiza a instalação e/ou retirada de tornozeleiras eletrônicas. Foram instadas na primeira fase 10 tornozeleiras e retiradas 21, conforme determinação judicial.
“Para fazer os translados dos presos às audiências de custódia, transferências e remoções entre as delegacias, e demais demandas, o Depen disponibiliza toda a logística necessária, ou seja, veículos e servidores capacitados. De forma integrada, as polícias Militar e Civil estão encarregadas da escolta”, explicou o coordenador do Verão Maior do Departamento Penitenciário, Josielson Fabrício.
Antes do lançamento da operação, entre os dias 11 e 20/12, o Depen retirou 330 presos das carceragens do litoral. Após o lançamento oficial, as movimentações continuaram ocorrendo, porém, conforme demanda e necessidades. Nestes 31 primeiros dias de Verão Maior, foram feitas mais 194 transferências e 36 encaminhamentos de detentos para audiências judiciais, nos municípios de Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná.
“Essas transferências podem ser feitas somente para manter um baixo número de apenados nas unidades prisionais litorâneas ou também por alguma necessidade emergencial e, em ambos os casos, os presos das delegacias vão diretamente para o sistema penitenciário”, explicou. O primeiro acionamento da equipe do Depen ocorreu na madrugada do dia 27/12, quando os agentes penitenciários encaminharam um detento da Delegacia de Ipanema para a Casa de Custódia de Piraquara.
No mesmo dia, a equipe de agentes penitenciários atuantes em Matinhos também prestou apoio para retirar outro preso da cela. O homem, que sofreu uma queda e lesionou o joelho, precisou de atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento da cidade. Os servidores do Depen fizeram o encaminhamento à UPA e, depois, retornaram à Delegacia Cidadã.
Já no dia 03/01, 20 presos que estavam na Cadeia Pública de Paranguá foram foram encaminhados para a Casa de Custódia Curitiba e para o Complexo Médico Penal, em Pinhais. Já no dia 15/01, outros 36 presos também foram transferidos de Paranaguá para unidades penais da Região Metropolitana de Curitiba. “As remoções ocorreram tranquilamente, sem alterações e com o apoio da Polícia Militar, após alinhamento dos trâmites legais”, explicou Fabrício.
VISTORIAS - Além das movimentações de presos, as equipes do Departamento Penitenciário ainda têm feito operações de revista e vistoria nas unidades prisionais do litoral. Neste primeiro mês de Verão Maior, foram desencadeadas duas operações de revista, sendo a primeira na Delegacia Cidadã de Matinhos. “Neste caso, retiramos os presos dos cubículos, fazemos toda a verificação estrutural e pessoal neles, mantendo a segurança e a disciplina necessária nas carceragens”, destacou o coordenador.
Os motivos para as vitorias variam conforme a unidade. “Na Delegacia de Matinhos, a primeira revista foi motivada por uma denúncia de que um preso estaria sendo ameaçado por outros detentos da carceragem. Porém, após toda a verificação, nada de irregular foi encontrado, assim como na segunda vistoriam feita à pedido do próprio delegado”, contou Fabrício.
No dia 19/01, o Departamento Penitenciário fez uma revista estrutural na carceragem da Delegacia de Pontal do Paraná, para atender uma solicitação da Polícia Civil do Paraná. Durante o procedimento, segundo Fabrício, fofoi encontrado um parafuso de aproximadamente 10 centímetros dentro de uma das celas. Porém, nenhuma alteração foi constatada na estrutura do cubículo.
Nos momentos de remoções e transferências, as unidades de Pontal do Paraná e Ipanema também passaram por revista e não foram encontradas alterações ou irregularidades. “Essas vistorias são necessárias para manter a ordem e a segurança das delegacias. A equipe comparece ao local e faz as inspeções, tudo de acordo com os protocolos. Se, por algum motivo, há a necessidade de retirada desses presos, eles já são direcionados ao sistema prisional de Curitiba e Região Metropolitana”, afirmou Fabrício.