Em megaoperação, a Polícia Penal do Paraná (PPPR), em conjunto com a Polícia Militar (PMPR) e o Ministério Público (MPPR), cumpriu 56 mandados de prisão preventiva contra integrantes do grupo investigado (51 deles já se encontravam detidos) e seis ordens de busca e apreensão nas cidades de Cornélio Procópio, Ibaiti, Leópolis, Londrina, Santo Antônio da Platina, Santo Antônio do Paraíso e Uraí.

“O sistema penal é um importante foco de atuação da segurança pública para combater a origem de muitos delitos, que embora aconteçam em ambiente externo, têm origem no seu interior. O Estado do Paraná tem atuado dentro e fora das prisões para obter resultados mais efetivos e positivos no combate estrutural do crime organizado”, afirmou o diretor-adjunto da PPPR Maurício Ferracini.

Desencadeada a partir de investigações conduzidas pelo MPPR, com base em informações obtidas em celulares apreendidos durante revistas na Cadeia Pública de Cornélio Procópio, a Operação Tamboril desarticulou a rede criminosa, que mesmo dentro das prisões, continuava a cometer delitos, como tráfico de drogas e organização criminosa. 

Para o diretor de segurança da PPPR, João Paulo Schlemper, a integração entre as instituições é aliada ao combate ao crime organizado. “A Polícia Penal do Paraná tem intensificado suas ações nas unidades prisionais para combater de forma eficaz esse tipo de crime. A colaboração estreita com o Ministério Público de Cornélio Procópio foi fundamental para alcançar um resultado positivo na luta contra esses criminosos”, afirmou. 

O promotor de justiça, Guilherme Franchi, destaca ainda que 25 dos mandados de prisão exerciam funções de liderança na região de Cornélio Procópio. “A investigação tem um resultado relevante para a região, uma vez que conseguiu identificar e processar pessoas ligadas a uma organização criminosa com atuação no território nacional e até fora do país, em especial responsabilizando as suas lideranças regionais”, pontuou.

As ordens judiciais foram deferidas pelo Juízo da Vara Criminal de Cornélio Procópio, que também determinou o bloqueio de contas bancárias suspeitas de serem utilizadas para movimentação de recursos de origem criminosa. Além disso, foram executadas revistas nas unidades prisionais de Apucarana, Cambará, Cornélio Procópio, Jacarezinho e Londrina (PEL I, PEL III e CRESLON), onde foram apreendidos celulares e diversas anotações.