Psicóloga relata experiência pessoal após descoberta de câncer de mama a servidores do Depen 25/10/2020 - 17:30

Com o lema “A prevenção está em suas mãos”, a psicóloga Adriana Garbin conversou com servidoras do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), por meio de videoconferência. A palestra ocorreu na tarde desta sexta-feira (23/10), sob a coordenação da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (ESPEN). O objetivo do evento online foi a conscientização.

A ideia, segundo a diretora da ESPEN, Marilza Hack, é criar a consciência quanto à importância do autocuidado e, mais do que isso, sobre como lidar em momentos difíceis. “A gente tem que parar para pensar antes de as coisas acontecerem. É, também, uma questão de educação emocional, de saber lidar, quem buscar. Precisamos criar estratégias para a nossa vida. Por isso é importante ouvir o relato de alguém que passou por isso já”, destacou.

Durante o bate-papo, a psicóloga Adriana Garbin contou às servidoras sobre o momento que recebeu o resultado que apontava a presença de um tumor na mama. “Descobri, aos 38 anos, um câncer de mama gigante, com oito por nove centímetros. A importância de estarmos, digamos, preparados, é que se a pessoa já não está se sentindo bem, está com depressão, o diagnóstico e o tratamento serão cada vez mais difíceis”, contou.

A causa da doença, segundo ela, foi apontada como hormonal. Para tratá-lo, a psicóloga já passou por 16 sessões de quimioterapia e uma cirurgia. “Por conta do tamanho do tumor, primeira intervenção se deu pela quimioterapia, para que ele fosse reduzido e, depois, seria feita a cirurgia. Fui tão abençoada que na sétima sessão, este tumor se reduziu a ponto de se tornar imperceptível”, contou.

Depois, ela passou pelo procedimento cirúrgico. “Eu fiz a mastectomia, ou seja, retirei minhas duas mamas, direita e esquerda, um por conta da ocorrência do tumor e o outro como prevenção ao possível aparecimento posterior”, explicou Adriana Garbin. Na mesma cirurgia, a profissional já fez a implantação de silicone.

“Eu não sabia, mas há mais de um tipo de prótese de silicone. A comum, que é colocada na cirurgia e está pronta. E, para quem tem o câncer, há uma diferente, expansível, e que tem menor chance de rejeição, porque vai sendo aplicado conforme a aceitação do corpo”, contou a psicóloga.

RESSIGNIFICAÇÃO - Já operada, Adriana agora passará pela radioterapia. “Não fiz ainda, não sei como é, mas tento lidar da melhor forma possível, tentando encontrar sempre o lado positivo de tudo. O que eu aprendi até agora é que é muito importante fazermos o autoexame e exigirmos a mamografia, porque os médicos vão pedir somente após os 40 anos, mas eu tive antes e tenho várias colegas em tratamento muito mais novas que eu”, destacou.

ORGULHO - Ex-servidora do Depen, durante o evento, Adriana, que hoje atende pacientes em seu consultório, relembrou rapidamente a carreira na instituição. “Tenho muito orgulho de ter sido servidora do Departamento Penitenciário do Paraná. O sistema prisional tem muita gente do bem e a gente tem que se unir a estas pessoas”, afirmou.

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