Programa qualifica egressos do sistema prisional para o mercado de trabalho 01/07/2016 - 15:45

Em um mercado de trabalho cada vez mais concorrido, egressos do sistema prisional encontram uma oportunidade de se qualificar e conquistar espaço com o auxílio do Programa Pró-Labor, coordenado pelo Patronato Central do Estado.

A ação é uma estratégia de oferecer apoio e capacitação às pessoas que passaram pelo sistema prisional e já deixaram unidades penitenciárias. Elas são encaminhadas ao patronato pelo juizado, com o objetivo de auxiliá-las no processo de reinserção social, inclusive, na tarefa de encontrar vagas de trabalho.

Para o diretor do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen), Luiz Alberto Cartaxo Moura, o trabalho no sistema prisional é uma realidade bem sucedida, já que hoje mais de 4 mil presos estão implantados em canteiros de trabalho, gerando renda para suas famílias e diminuindo suas penas.

"Precisamos ir além e auxiliar também as pessoas que estão saindo das penitenciárias para que conquistem seu espaço no mercado de trabalho e não retornem à prática criminosa", afirma o diretor.

ATENDIMENTO – No Programa Pró-Labor, os egressos passam por uma entrevista inicial no patronato e são divididos em grupos de até 20 assistidos. Encontros mensais são realizados para que cursos de qualificação e profissionalização possam ser desenvolvidos.

"Temos uma telesala para cursos online, que são ofertados em parceria com o Instituto Mundo Melhor, como também trabalhamos na orientação de noções de empregabilidade, elaboração de currículo e técnicas para entrevistas de trabalho", explica a diretora do patronato, Celene Pasternak Cardoso.

EMPRESAS PARCEIRAS – Uma reunião foi realizada na sede do Depen, em Curitiba, com o objetivo de apresentar o projeto Pró-Labor a empresas parceiras que já atuam nas unidades penais do Paraná, para avaliar a possibilidade de contratação dessas pessoas após o cumprimento da pena.

"É preciso sensibilizar empresários e a sociedade para que nos auxiliem nesse processo de reinserção social. Queremos dar continuidade ao trabalho que já ocorre hoje no sistema prisional", explica o chefe da Divisão de Educação e Produção do Depen, Boanerges Silvestre Boeno Filho.

Além dos empresários, estiveram presentes na reunião o juiz da 1ª Vara de Execução Penal de Curitiba, Eduardo Lino Bueno Fagundes Junior, o desembargador Ruy Muggiati, representantes da Secretaria de Justiça, servidores do Depen e gestores de unidades penais.

GALERIA DE IMAGENS