Programa consciente promove aprendizados sociais, financeiros, políticos e de gênero a apenados de Maringá 11/12/2023 - 08:53

Na Casa de Custódia de Maringá (CCM), em parceria com o Conselho da Comunidade, foi desenvolvido o Programa Tela Consciente, que tem o objetivo de promover aprendizados e conexões com questões que estão fora dos muros prisionais. Neste ano, ocorreu o segundo ciclo da ação, com a participação de 22 pessoas privadas de liberdade.

Os apenados tiveram doze encontros semanais onde foram trabalhados temas como educação financeira, execução penal, saúde mental, arte (violão e voz), diversidade sexual, justiça restaurativa, violência doméstica e acesso a políticas públicas.

Para a realização dos encontros, o programa teve apoio da Defensoria Pública, da Universidade Estadual de Maringá, da Caps, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outros órgãos.

O diretor da Casa de Custódia de Maringá, Mario Iwamoto Junior, explica que o programa tem o propósito de proporcionar à pessoa reclusa conhecimentos para que ela seja independente e saiba como procurar ajuda na vida pós pena.

“Em todo o sistema penitenciário do estado do Paraná, inclusive aqui na unidade, nos preocupamos não apenas manter a custódia e vigilância das pessoas privadas de liberdade, mas também de oferecer condições para que elas retornem de uma forma mais independente da vida anterior. E o projeto tela consciente veio de encontro com essa ideologia”, ressalta.

A vice-presidente do Conselho da Comunidade de Execuções Penais de Maringá, Helena Maria Ramos dos Santos, destaca que o programa traz uma contribuição significativa tanto para os encarcerados, quanto para as pessoas da comunidade que se dirigem à unidade para troca de saberes.

“Durante os encontros são trabalhados diferentes temas importantes com o auxílio de pessoas e órgãos parceiros. Esta troca de vivência entre as pessoas que estão dentro do sistema e as que estão fora é fundamental para o processo de reintegração social. E sempre digo que temos que ter ações que permitam materializarmos o verdadeiro significado da pena, e esse tipo de trabalho vem a calhar com o que a sociedade espera das pessoas que passam pelo cárcere, que retornem com a sua dignidade preservada para seguirem seus caminhos enquanto cidadãos de direitos e cumpridoras dos seus deveres”, diz Helena.

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