Presos da Penitenciária Industrial de Cascavel participam de curso técnico para confecção de pães 14/03/2017 - 15:19

A Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) desenvolve um projeto no qual os presos fazem parte de um curso técnico de panificação. Com ajuda do Conselho da Comunidade da cidade, que fornece todo o material necessário para a produção (farinha, fermento, sal, óleo, produtos limpeza, produtos higiene, vestimenta, utensílios e manutenção de equipamentos de panificação), os presos fazem a preparação de pães, bolos, esfirras e tortas. A penitenciária cuida da distribuição.

De acordo com o diretor da unidade, Valdecir Glalik, um grupo de seis a sete presos trabalham todos os dias durante o projeto, que capacita os participantes a obterem um trabalho na área quando forem liberados. “Já foram profissionalizados em torno de 120 presos, muitos já saíram e estão trabalhando. O projeto trouxe interesse pra montar o próprio negócio ou se tornar um panificador”, afirmou.

Com o apoio do Senai e do Senac, além de o projeto buscar elevar a autoestima dos detentos, ajudar ocupação do tempo, na profissionalização e no conhecimento de forma geral, ele pode colaborar com a redução de pena dos encarcerados, segundo Glalik: a cada três dias trabalhados, o preso ganha um dia de remição, do total a ser cumprido.

“A maioria dos egressos não sai com curso de formação específica e a grande dificuldade está nisso. Os presos não encontram oportunidade e retornam para o crime. Por meio desse projeto, eles ganham capacitação e um espaço no mercado de trabalho”, contou o presidente do Conselho da Comunidade, Jair Oliveira. Segundo ele, um dos objetivos do Conselho é prestar atendimento para os presos por meio de cursos e convênios.

O projeto, que funciona na PIC desde agosto de 2015, produz na penitenciária, em média, 3.650 pães toda semana. A produção é distribuída para os próprios presos e também para instituições como o Hospital do Câncer (UOPPECAN), a Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e creches da região, que devem ir até o local para buscar os alimentos

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