Polícia Penal promove Projeto Especial de Literatura em unidades prisionais do Paraná 20/08/2024 - 17:10

Entre os meses de março e agosto de 2024, a Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio da Divisão de Educação e Capacitação, trabalhou na implementação do Projeto Especial de Literatura nas unidades prisionais do estado. A ação teve como objetivo incentivar a leitura, a criação literária e artística, provocar reflexões sobre as temáticas abordadas, além de fortalecer o programa Remição pela Leitura.

Utilizando as obras A Cor Púrpura, de Alice Walker, e Dom Casmurro, de Machado de Assis, o projeto atingiu cerca de 800 pessoas privadas de liberdade, abordando temas como racismo, antirromantismo, abusos emocionais e físicos, valorização do presente e opressão de gênero.

O diretor adjunto da PPPR, Maurício Ferracini, afirma que “O projeto, que trabalha essas questões literárias junto ao público carcerário, tem sido realizado em todas as nove regionais e está se tornando um programa educacional da Polícia Penal”. Além disso, relembra que anteriormente foi trabalhado o livro Crime e Castigo, que chegou a se tornar uma peça teatral na regional de Maringá.

 “A educação como um todo é um dos principais pilares nas ações que permitem ampliar as perspectivas de redução de reincidência criminal e auxiliar na efetiva reintegração social pós-cárcere. Assim o Projeto Especial de Literatura é realizado no intuito de coroar as atividades de educação, trazendo a composição da leitura, imaginação e a criatividade na execução dos trabalhos relacionados as obras literárias escolhidas”, ressalta Lizandra Bueno, diretora de Tratamento Penal da PPPR. “Aconteceram lindas criações no estado todo no projeto, acompanhados e geridos por nossas equipes de professores e pedagogos junto as pessoas privadas de liberdade.”

Para Agda Cristina Ultchak, pedagoga responsável pelo programa Remição pela Leitura e pelas ações literárias nos estabelecimentos penais, a iniciativa é uma forma de transformar o ambiente hostil da prisão em um espaço de harmonia. “Por meio de projetos como este, é possível trazer às pessoas privadas de liberdade um ambiente de harmonia, conduzindo-as a elevarem a autoestima e descobrirem seu potencial criativo”, comenta.

O projeto, desenvolvido por profissionais da educação que atuam nos estabelecimentos prisionais, continua a ser uma poderosa ferramenta de transformação. A leitura das obras, seguida das discussões e reflexões propostas, não apenas abre novas perspectivas para os participantes, como também fortalece o compromisso da Polícia Penal com a reabilitação e a reintegração social.

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