Polícia Penal do Paraná inicia projeto ‘Remição por Leitura’ na Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná 11/07/2024 - 16:29
A Polícia Penal do Paraná (PPPR) deu início, nesta segunda-feira (8), ao projeto ‘Remição pela Leitura’ na Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná, beneficiando 50 pessoas privadas de liberdade (PPLs). O projeto, idealizado pela gestora Sandreli Ortiz Frasson, foi viabilizado graças à parceria com a Igreja Central do Avivamento, intermediado pela missionária Grazielle Busnardo Machado.
Os profissionais pedagógicos Franciele Beltrame da Silva e Edivan Aparecido Fernandes, também integrantes da Igreja Central do Avivamento, participam voluntariamente do projeto, que só se tornou possível graças à união de forças e ao compromisso dos envolvidos.
O projeto proporciona a remição de pena por meio da leitura, incentivando o desenvolvimento intelectual e pessoal das apenadas. Para a implementação, a equipe do Poder Judiciário da Comarca de Alto Paraná lançou uma campanha de arrecadação de livros, resultando em cerca de 800 exemplares. Além disso, a Incomap, por meio do empresário Anselmo Vitoriano, doou uma estante para armazenar as obras.
“Tenho certeza que este projeto abrirá as portas para outros, viabilizando conhecimento e tratamento penal dignos”, destaca Sandreli Ortiz Frasson.
Uma das internas beneficiadas pelo projeto compartilhou sua perspectiva sobre a iniciativa. “Este projeto é uma oportunidade única. A leitura nos dá uma chance de aprender, crescer e sonhar com um futuro melhor. Vai nos ajudar a passar o tempo de uma maneira positiva e nos preparar para a vida lá fora”, disse.
A cerimônia de inauguração contou com a presença de representantes da Cadeia Pública Feminina, da Igreja Central do Avivamento e das entidades colaboradoras, marcando o início de um novo capítulo na ressocialização e educação das custodiadas da Cadeia Pública de Alto Paraná.
Projeto social - Um projeto inovador, desenvolvido pela equipe técnica do Complexo Social de Maringá, vai proporcionar assistência psicossocial a mulheres privadas de liberdade na Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná e de Astorga. A iniciativa oferece suporte psicológico e social para apenadas, auxiliando na melhora das condições de saúde mental e na manutenção dos vínculos familiares.
Durante dois meses, o projeto implementará um Plantão Psicológico online, onde residentes técnicas de psicologia realizarão sessões de escuta e acolhimento. Paralelamente, residentes técnicas de serviço social conduzirão uma triagem para identificar as internas que recebem menos visitas, com o objetivo de contatar suas famílias e fortalecer os laços afetivos. No primeiro dia do projeto, nove mulheres privadas de liberdade foram atendidas.
Mariana Monteiro Veiga, psicóloga residente, enfatiza a importância do Plantão Psicológico. “Essa modalidade oferece atendimentos em dias e horários preestabelecidos, sem a necessidade de agendamento prévio. A busca pelo atendimento parte das próprias mulheres. Nossa intenção é criar um espaço de acolhimento onde elas possam buscar ajuda quando precisarem”, explica.
No início do mês, a equipe do projeto visitou as unidades penais para apresentar a proposta e formalizar o convite às pessoas privadas de liberdade. A recepção foi positiva, com as mulheres expressando a necessidade e a importância dessa forma de assistência.
“O acesso ao atendimento profissional para as pessoas em cumprimento de pena, restabelecendo os laços familiares, acalma os ânimos das apenadas, trazendo mais segurança à unidade penal e esperança para o retorno ao convívio social com apoio da família”, finaliza o coordenador do Complexo Social de Maringá, Alan Eduardo Silva Gazola.