Polícia Penal do Paraná inaugura Fábrica de Absorventes em unidade prisional de Ponta Grossa 27/06/2024 - 08:50

A Polícia Penal do Paraná (PPPR), em parceria com o Conselho da Comunidade e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), inaugurou nesta quarta-feira (26) uma fábrica de absorventes na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. O projeto visa garantir este item de higiene a todas as mulheres privadas de liberdade do estado.
Quatro apenadas receberam qualificação profissional para atuarem no setor de trabalho da nova fábrica produzindo os materiais absorventes. As mulheres recebem pecúlio do Fundo Penitenciário do Paraná e remição de pena. A cada três dias de trabalho, um dia é reduzido da pena a ser cumprida.

A estimativa é que aproximadamente 1.200 absorventes sejam produzidos por mês. Com a futura expansão da produção, comunidades carentes também serão beneficiadas, ampliando o alcance social do projeto.

O diretor da Regional Administrativa de Pronta Grossa, William Ribas, ressalta que a colaboração entre as instituições envolvidas demonstra o poder da cooperação interinstitucional em prol de causas sociais. “Estamos comprometidos em melhorar as condições de vida das apenadas e contribuir para uma sociedade mais justa”, complementa.

O diretor da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, Jean Fogaça, falou sobre a implementação da fábrica: “A instalação da fábrica de absorventes em nossa unidade representa um avanço significativo na promoção da saúde e dignidade das nossas custodiadas. Este projeto não só atende a uma necessidade básica, mas também oferece uma oportunidade de capacitação e ressocialização.”
A idealizadora da iniciativa é Isabella Danesi, ex-aluna da UEPG e hoje voluntária do projeto. “Com essa fábrica, estamos garantindo que as mulheres encarceradas tenham acesso a produtos essenciais para sua saúde e bem-estar. Este é um passo significativo para promover a igualdade e a justiça social dentro do sistema prisional do Paraná”, disse.

A UEPG apresentou o projeto de extensão para a Fundação Araucária, que liberou a verba para o pagamento dos extensionistas que atuam no projeto.
O professor Rauli Gross, chefe do gabinete da reitoria da UEPG, enfatiza que a universidade está empenhada em aplicar o conhecimento acadêmico em projetos que gerem impacto social: “Participar deste projeto nos permite contribuir diretamente para a melhoria das condições de vida das mulheres no sistema prisional, além de fornecer uma experiência prática valiosa para nossos estudantes”.
A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades locais e representantes das instituições parceiras, marcando um momento significativo na luta por condições mais humanas e igualitárias para as mulheres no sistema prisional paranaense.

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