A Polícia Penal do Paraná ofertou curso de costura industrial na Penitenciária Estadual de Campo Mourão (PCM), o qual formou 40 pessoas privadas de liberdade. Com carga horária de 160 horas distribuídas ao longo de 30 dias, a formação encerrou na manhã de hoje (01) e proporcionou aos participantes além de uma nova perspectiva profissional, direito à remição por estudo.

Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Maringá, as aulas foram conduzidas pela professora Adriana de Souza Dias, que avaliou a experiência positivamente. “A instituição penal de Campo Mourão me surpreendeu, pois eu tinha uma visão totalmente diferente do que encontrei aqui, com alunos dedicados e o pessoal da segurança muito presentes. Eu gostei muito e espero poder colaborar novamente em novas oportunidades que o SENAI proporcionar”, pontuou Adriana.

“A formação profissional é uma das principais ferramentas que podemos oferecer para a ressocialização. Através dela, é possível abrir caminhos para a reintegração social e reduzir a reincidência. Nossa meta é mostrar que a mudança é possível, e este grupo é um exemplo disso”, ressaltou o diretor da PCM, Fabiano Gustavo de Castro.

Para o coordenador regional de Umuarama, Arnobe Reis, a iniciativa reforça o compromisso de tratamento penal da Polícia Penal do Paraná, que tem como objetivo reintegrar as pessoas na sociedade mais capacitadas. “A conclusão do curso representa um marco importante para as pessoas privadas de liberdade, pois, além de ser um curso presencial, incentivou o desenvolvimento de habilidades que poderão auxiliar os participantes na reinserção ao mercado de trabalho após o cumprimento de suas penas”

A remição por estudo está prevista no artigo 126 da Lei de Execuções Penais (nº 7.210/84) e garante um dia de pena a menos a cada 12 horas de frequência escolar, divididas, no mínimo, em três dias.