O importante papel da escolta prisional entre as funções da Polícia Penal do Paraná 14/05/2024 - 17:00
Desde 2022, a Polícia Penal do Paraná (PPPR) é 100% autônoma na escolta de pessoas privadas de liberdade (PPL) em todo o estado, dispensando o acionamento de outras forças de segurança como era comumente realizado para este fim, anteriormente. Com a criação de equipes especializadas na função de escolta, a PPPR passou a garantir a segurança, eficácia e conformidade legal durante o transporte de apenados, protegendo tanto os indivíduos sob custódia quanto a comunidade em geral.
As viaturas policiais que atuam incessantemente, tanto no patrulhamento quanto em situações de urgência e emergência, compõem a complexidade do trânsito brasileiro. As viaturas de escolta da PPPR estão constantemente nas vias públicas, realizando transportes de custodiados paras as mais variadas necessidades, seja para fóruns (audiências e júris), IML (lesões e sanidade), hospitais (consultas de rotina e atendimentos de emergência) e transferências locais em todas as regiões do estado, incluindo recambiamentos interestaduais.
“Nossos policiais de escolta enfrentam desafios significativos todos os dias. Eles lidam com indivíduos perigosos e imprevisíveis, em ambientes muitas vezes hostis e desconhecidos. No entanto, com coragem, treinamento e dedicação, eles cumprem sua missão com excelência”, salienta o diretor-geral da PPPR, Reginaldo Peixoto.
Somente neste ano, entre os dias 1º de janeiro e 13 de maio, foram registradas 32.656 escoltas em todo o Paraná, números que somam escoltas feitas por equipes especializadas e também escoltas de rotinas realizadas nas unidades penais, como cadeias públicas e penitenciárias. A regional administrativa da PPPR de Curitiba, que engloba também o litoral, é a região que conta com o maior número de escoltas gerais, chegando a 9.634 neste período, seguida pela regional de Londrina com 5.411 escoltas gerais; regional de Foz do Iguaçu com 4.480; regional de Maringá com 3.402; de Ponta Grossa com 3.213; de Guarapuava com 1.936; de Francisco Beltrão com 1.786; de Umuarama com 1.469 e, por fim, de Cascavel, com 1.325.
Entre os principais tipos de escolta estão as transferências entre unidades, sendo registradas 3.341 escoltas em todo o estado, representando 36,59% das escoltas deste ano; escoltas para atendimento médico somam 6.368, equivalente a 26,04%; 1.466 escoltas para fóruns (14,04%); 1.281 escoltas para exames em IML (10,17%); 336 escoltas para instalação de tornozeleiras eletrônicas (1,67%), entre diversas outras finalidades que demandam escoltas.
Embora uma parcela das escoltas seja realizada por gestores de unidades penais, a PPPR investe em equipes especializadas para este fim, visando intensificar a proteção, a segurança e o bem-estar dos custodiados, pois durante o transporte eles podem estar sujeitos a ameaças externas, tentativas de fuga ou mesmo ataques de outros detentos. Policiais penais especializados podem identificar e antecipar estas potenciais ameaças durante o transporte, minimizando assim os riscos.
“Os policiais que compõe nosso setor são especializados na atividade de Escolta Prisional, com certificações da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen) e Polícia Militar. Buscamos a formação continuada com treinamentos periódicos, garantindo a qualidade no serviço desempenhado pelos operadores e segurança para a sociedade”, destaca o chefe do Setor de Escolta Prisional da Regional Administrativa de Curitiba da PPPR, Diego Polli.
Os deslocamentos com viaturas durante escoltas pelos maiores centros urbanos do estado têm sido realizados com algumas facilidades, como, por exemplo, o uso permitido de canaletas para ônibus, diminuindo e otimizando o tempo de deslocamento pois evita filas e o grande fluxo de veículos durante horários de pico, reduzindo também o risco de incidentes de trânsito e, consequentemente, aumentando a segurança dos policiais penais e dos custodiados. O acionamento de sinais sonoros (sirenes) e luminosos (giroflex), também dão prioridade ao deslocamento das viaturas no trânsito, a fim de que o deslocamento para transporte de apenados seja realizado da forma mais ágil.
A autonomia conquistada pela PPPR há dois anos demonstra não apenas um avanço operacional, mas também um compromisso com a conformidade legal e o bem-estar da comunidade. Os números expressivos de escoltas realizadas neste período, abrangendo uma ampla gama de necessidades e desafios, refletem a dedicação e expertise das equipes especializadas, que não apenas transportam, mas também antecipam e mitigam potenciais riscos durante os deslocamentos. A busca constante por capacitação e a utilização estratégica de recursos tecnológicos e logísticos ressaltam o comprometimento da Polícia Penal do Paraná em oferecer um serviço de excelência, contribuindo para a segurança não apenas dos custodiados, mas também dos agentes envolvidos e da sociedade como um todo.
Maio amarelo - No mês de maio, mundialmente são feitas campanhas de conscientização das leis de trânsito com o intuito de diminuir os acidentes nas vias. Neste viés, a PPPR ressalta à população a importância de ceder a passagem quando uma viatura se aproxima com os sinais sonoros e luminosos acionados. Isso indica que uma escolta provavelmente está sendo realizada e, por isso, procedimentos de segurança estão sendo adotados para que nenhuma intercorrência aconteça.