Museu Penitenciário da Polícia Penal reabre as portas para visitação do público 08/02/2024 - 09:02

O Museu Penitenciário da Polícia Penal do Paraná (PPPR) reabre suas portas para o público neste ano, oferecendo uma oportunidade única de conhecer todo o acervo que preserva a história do sistema prisional do estado. Gerenciado pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), o espaço fica no centro de Curitiba, tem acesso gratuito e está aberto de segunda a sexta-feira, das 09h às 14h. As visitas são guiadas e o agendamento pode ser feito online (espen@policiapenal.pr.gov.br) ou no telefone (41) 3234-3500.

Ao adentrar, os visitantes são recebidos por uma coleção cuidadosamente restaurada de fotografias, documentos históricos, artefatos e réplicas que narram a história do sistema penitenciário do Paraná. Há registros da primeira penitenciária do estado, implantada em 1908, data que marca o início do sistema prisional do Estado. O acervo histórico da Polícia Penal é composto por aproximadamente 20 mil prontuários, 83 livros de registro, entre outros documentos que somam mais de 600 mil declarações.

Desde as primeiras instalações até as unidades prisionais modernas, os objetos demonstram as transformações arquitetônicas, sociais e de segurança ao longo dos anos. Já os documentos históricos abarcam prontuários de apenados, registros farmacêuticos e de trabalhos, que proporcionam uma compreensão das políticas e práticas já realizadas.

Em 2004, foi iniciada a jornada de reunir em único local um acervo histórico do sistema prisional do Paraná, com o objetivo de preservar a memória e servir como base de futuros estudos. Mas a partir de 2013, a Espen assumiu a gerência do acervo, sendo o setor até hoje responsável pela manutenção, organização e recuperação dos itens.

A diretora da Espen, Josiane Scremin, ressalta que a reabertura do Museu Penitenciário é muito importante para a preservação da história e compreensão das questões sociais e políticas relacionadas ao sistema prisional.

“O museu desempenha um papel crucial na preservação da memória coletiva, documentando a evolução do sistema ao longo do tempo. Ele nos permite examinar os métodos de punição, as condições de encarceramento e as histórias individuais dos apenados. Poder possibilitar esse acesso à comunidade, possibilita além da aproximação,  o conhecimento das bases do sistema prisional do Paraná, minimizando assim preconceitos sociais tanto com o apenado quanto com o servidor penitenciário”, destaca.

RECUPERAÇÃO DE DOCUMENTOS – A Espen também é responsável pela recuperação de registros documentais do sistema prisional do Paraná. Há quatro anos, foi criado um canteiro de trabalho em que pessoas em monitoração eletrônica realizam o trabalho de higienização e restauração do acervo.

O canteiro de recuperação de folhas contém duas mulheres monitoradas, que foram treinadas pelo Museu Paranaense. É um processo lento, que requer procedimentos, cuidados e armazenamento específicos. 

Segundo o responsável pelo acervo, Edevaldo Costacurta, os registros são advindos da primeira penitenciária do Paraná, contabilizando cerca de 600 mil documentos, sendo que 25 mil folhas já foram recuperadas, o que indica um trabalho muito longo ainda pela frente.

“O museu é um espaço onde está exposto um fragmento cultural da sociedade. É uma história que às vezes não tocamos no assunto e nem sempre é agradável, mas é extremamente necessária para a representação desse período histórico. E o que temos aqui é exatamente isso, com o propósito de manter vivo esse período do sistema prisional do Paraná, mostrando como foi a evolução dele e demonstrando o trabalho da Polícia Penal às pessoas que não o conhecem”, compartilha.

VISITA GUIADA – O Museu Penitenciário do Paraná está aberto ao público para visitação.

Local: Rua Saldanha Marinho, 161 - Centro | Curitiba/PR

Horário: das 09h às 14h

Agendamento: espen@policiapenal.pr.gov.br / (41) 3234-3500

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