A Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná participou na última semana da 5ª Jornada Literária no Cárcere, um evento que promove a leitura como uma poderosa ferramenta de reintegração social e transformação pessoal para pessoas privadas de liberdade. Com o tema ‘A Leitura como Caminho para a Liberdade’, a iniciativa foi promovida pelo Observatório do Livro, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A jornada se alinha com a Resolução nº 391 do CNJ, que permite a remição de pena por meio de práticas sociais e educativas, reforçando a importância da leitura como um elemento de crescimento e autonomia dentro das unidades prisionais.

O evento aconteceu de forma online entre os dias 5 e 7 de novembro e contou com a participação de 15 estados, 93 unidades prisionais e 20.750 inscritos, entre apenados e servidores. Esta foi a primeira vez em que o evento foi realizado na Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná e a adesão foi significativa: 52 mulheres participaram das atividades, em encontros diários de 2 horas e 30 minutos de duração. Segundo relatos, a experiência foi marcante e transformadora, proporcionando um momento especial para as internas.

Leitura como ferramenta de transformação - Para as participantes, a jornada não foi apenas um evento literário, mas uma oportunidade de reflexão e de vislumbrar novos caminhos. A leitura abre portas para o autoconhecimento e para o desenvolvimento intelectual, ajudando na construção de um projeto de vida após o período de privação de liberdade. “O conhecimento é a maior riqueza que podemos acumular, pois ninguém pode nos privar do que aprendemos”, ressalta a gestora da Cadeia Pública Feminina de Alto Paraná, Sandreli Ortiz Frasson, que destacou o papel transformador da leitura na vida dessas mulheres.

Eventos como a Jornada Literária reforçam a função das atividades educacionais e culturais dentro do sistema prisional. Além de fomentar o aprendizado, esses encontros renovam a esperança das participantes de reescreverem suas trajetórias e construírem um futuro mais promissor. Segundo a equipe da unidade de Alto Paraná, iniciativas como essa são essenciais para fortalecer a reinserção social, contribuindo para a diminuição da reincidência criminal.