Nesta terça-feira (28), a Galeria Evangélica da Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I) comemora seu primeiro aniversário, um marco significativo para a segurança pública e para o processo de reintegração social no Estado do Paraná. A iniciativa, que é fruto de uma parceria entre a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e a Igreja Universal, tem proporcionado resultados positivos tanto na convivência entre os custodiados quanto no processo de reabilitação desses indivíduos. 

Durante a celebração nesta tarde, uma formatura com a entrega de certificados a seis apenados que concluíram o curso de violão foi realizada, uma das diversas iniciativas promovidas pela galeria. Além desse curso, já estão em andamento um curso de barbeiro com 12 participantes e um curso de desenho com seis apenados. A demanda por atividades educativas tem se mostrado crescente, tanto que uma nova turma de violão foi aberta, com mais seis custodiados inscritos. 

O diretor-adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini, ressaltou a importância desse projeto. “A Penitenciária Estadual de Piraquara tem se caracterizado por administrar apenados com vínculos a organizações criminosas. A oferta de direitos básicos e atividades de reabilitação, como o tratamento religioso, além de promoverem a reintegração social, enfraquecem a influência dessas facções. Este é um direito assegurado ao apenado e, ao termos uma galeria evangélica dentro de uma unidade com esse perfil, estamos dando um passo importante para a transformação dos custodiados e para a segurança pública”, afirmou Ferracini. 

A parceria com a Igreja Universal tem sido essencial para o sucesso da galeria. Com um foco no apoio espiritual e na disciplina, a presença da Igreja tem gerado um ambiente mais harmonioso e favorável ao processo de mudança dos apenados. “O trabalho religioso tem mostrado resultados positivos, principalmente em relação à disciplina e à convivência entre os apenados. A colaboração com a Igreja Universal permitiu a implementação de atividades como cursos profissionalizantes, que têm gerado um impacto positivo na rotina da galeria”, explicou o diretor da PEP I, Valdelei Barbosa. 

Atualmente, a galeria abriga 57 apenados, um número que reflete o crescimento e a confiança no processo. “Nos últimos 12 meses, começamos com apenas uma cela e, hoje, contamos com uma galeria composta por 57 apenados buscando a palavra de Deus. Esse crescimento demonstra o sucesso do trabalho realizado e a transformação que muitos já experimentaram. A continuidade do processo de reabilitação, com apoio das famílias dos apenados que já deixaram a unidade, é um reflexo claro da eficácia do trabalho desenvolvido”, complementou Valdelei Barbosa. 

A procura por vagas na galeria tem sido alta, com muitos custodiados interessados em ingressar nesse processo de transformação. A seleção é feita com base em critérios como disciplina, comportamento e interesse genuíno nas atividades religiosas e de reabilitação. Aqueles que se comprometem com o processo e demonstram uma postura compatível com o ambiente da galeria têm a chance de integrar o grupo. 

O impacto positivo da galeria vai além da convivência entre os apenados, refletindo diretamente no bem-estar de todos os envolvidos. “O trabalho realizado na galeria tem sido de grande importância, promovendo uma verdadeira transformação na vida dos apenados. A colaboração com a Igreja Universal, a implementação de atividades construtivas e o apoio contínuo aos custodiados têm gerado resultados significativos na reintegração social e no comportamento dos envolvidos”, concluiu Valdelei Barbosa. 

A Galeria Evangélica da Penitenciária Estadual de Piraquara tem se destacado como um exemplo de inovação e eficácia no sistema prisional, reafirmando o compromisso da Polícia Penal do Paraná com a segurança pública e com a transformação social dos apenados. Esses trabalhos são essenciais não apenas para oferecer condições dignas e oportunidades de reintegração, mas também para enfraquecer o vínculo dos custodiados com o crime organizado e facções criminosas. Além disso, ao promover a disciplina, a reabilitação e a esperança de um futuro diferente, essas iniciativas contribuem para que as atividades ilícitas se tornem cada vez menos atraentes a novos adeptos.