Em uma ação significativa voltada para a promoção da dignidade e bem-estar das mulheres encarceradas, a Cadeia Pública Hildebrando de Souza, localizada em Ponta Grossa, realizou a distribuição de absorventes higiênicos produzidos na própria unidade. As cerca de 1.000 unidades de absorventes foram entregues para todas as custodiadas da unidade e também da Cadeia Pública de Sengés. A iniciativa faz parte do Projeto Novo Ciclo, que tem como objetivo não apenas fornecer produtos de higiene, mas também incentivar a autonomia e valorização das mulheres privadas de liberdade.

Durante a cerimônia de entrega, realizada na manhã de hoje (22), o diretor da unidade, Acir Portela, ressaltou a importância do projeto: “Estamos comprometidos em garantir que todas as mulheres privadas de liberdade tenham acesso a produtos essenciais, refletindo nosso respeito por sua saúde e dignidade. A parceria com a comunidade acadêmica e o grande auxílio do Conselho da Comunidade são fundamentais nesse processo”, disse.

Os absorventes são confeccionados por mulheres privadas de liberdade que participaram de um curso de capacitação e estão implantadas no canteiros de trabalho da fábrica de absorventes, localizada na própria Cadeia Pública Hildebrando de Souza, proporcionando a elas uma nova oportunidade de aprendizado e reintegração social.

O professor Rauli Gross, chefe de gabinete da Reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), destacou o impacto positivo da iniciativa: “Esse projeto não só fornece itens de higiene, mas também ensina habilidades valiosas que podem ser utilizadas fora das paredes da prisão”, enfatiza.

“A entrega dos absorventes é um passo importante para a humanização do sistema prisional. Acreditamos que todas as mulheres merecem cuidados e respeito, independentemente de sua situação”, comenta o presidente do Conselho da Comunidade de Ponta Grossa, Ermar Toniolo.

A entrega dos absorventes foi recebida com entusiasmo pelas mulheres privadas de liberdade, que expressaram gratidão pela iniciativa. “É uma sensação boa saber que estamos sendo cuidadas e que nossos direitos estão sendo reconhecidos”, disse uma delas.

Essa iniciativa não apenas atende a uma necessidade básica, mas também reafirma o compromisso com a dignidade e os direitos das mulheres encarceradas, promovendo um ambiente mais humano e acolhedor.