Em 2024, Complexos Sociais da Polícia Penal do Paraná realizaram mais de 255 mil atendimentos; 15% a mais que em 2023 18/02/2025 - 17:38
Os complexos sociais da Polícia Penal do Paraná (PPPR) realizaram no ano de 2024, 255.386 atendimentos, um aumento de 15% em relação ao ano anterior, quando foram registrados mais de 222.060 atendimentos. Abrangendo Escritórios Sociais, Patronato Penitenciário, Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP) e Núcleos de Atendimento a Pessoas Monitoradas (NUPEM), o Complexo Social constitui unidades pertencentes à PPPR que compõem equipes de apoio ao egresso e de acompanhamento a pessoas em cumprimento de penas privativas de liberdade em meio aberto, semiaberto harmonizado com tornozeleira eletrônica e alternativas penais, atendendo mais de 18 mil monitorados e 6 mil pessoas em cumprimento de penas alternativas.
As equipes têm a incumbência e principal objetivo de atuar como apoio necessário para que as pessoas que saem do sistema penitenciário tenham maiores possibilidades de reintegração social, visando principalmente o fortalecimento de vínculos familiares, regularização de documentos pessoais, educação, profissionalização, retorno ao mercado de trabalho com disponibilização de vagas através de termos de cooperação ou parceria com o SINE, realizam encaminhamentos diversos para as redes municipais de saúde, assistência social e apoio jurídico.
“É com grande satisfação que observamos o crescimento contínuo dos atendimentos prestados pelos Complexos Sociais da Polícia Penal do Paraná. Este aumento é reflexo do trabalho incansável das nossas equipes e do fortalecimento das políticas públicas voltadas à reintegração social dos egressos do sistema penitenciário. Estamos empenhados em garantir que cada pessoa atendida tenha acesso a um atendimento completo e de qualidade, com foco na reconstrução de sua trajetória e no fortalecimento de vínculos que promovam sua reintegração à sociedade de maneira plena e digna. A parceria com diversas instituições e a ampliação dos serviços são fundamentais para continuarmos avançando nesse processo”, destaca a diretora-geral da Polícia Penal do Paraná, Ananda Chalegre.
Para o diretor dos complexos sociais da PPPR, Rodrigo Favaro, o fortalecimento das políticas de atendimento ao privado de liberdade, a parametrização de atendimentos e a ampliação de equipamentos administrativos estão diretamente ligados a ampliação do número de atendimentos em todo o Paraná. “A ampliação dos equipamentos que compõem o Complexo Social, além das políticas que a PPPR desenvolve no tratamento penal, vêm causando esse impacto positivo para os atendimentos dos complexos sociais no Paraná. O principal objetivo é a diminuição da reincidência ao sistema prisional, assim como promover todo o apoio necessário e oportunidades de reinserção social a estas pessoas”, destacou Favaro.
No decorrer do ano passado, os 13 complexos sociais localizados nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranavaí, Cruzeiro do Oeste, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Santo Antônio da Platina que, somados, totalizaram mais de 255 mil atendimentos. Foram 119.639 atendimentos pelo Nupem, 66.100 atendimentos prestados peal CIAP e ainda 69.647 atendimentos que compreendem os Escritórios Sociais e Patronatos Penitenciários.
Os complexos sociais atuam auxiliando os egressos em várias frentes, como encaminhamentos ao mercado de trabalho, mudanças de endereço e, também, oferta uma grande quantidade de cursos, realizados em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e com a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Renda, cursos aconteceram no ambiente do “Projeto Carretas do Conhecimento”, integrante do “Programa Paraná Competitivo”, que qualificou mais de dez mil paranaenses em 200 municípios diferentes, nos últimos cinco anos.
“O Complexo Social é um elo importante da corrente do que se entende por tratamento penal. Onde o atendimento e assistência ao cidadão em liberdade monitorada é primordial para o retorno saudável à sociedade, com a oferta de oportunidades que garantirão a renda e a dignidade das pessoas”, frisa o diretor regional da PPPR em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo.
“Quanto mais atuante e abrangente for a atuação do Complexo Social, menos problemas relacionados à segurança pública. Todos os atendimentos realizados em 2024, os convênios, as parcerias e os cursos provam de forma incontestável que a Polícia Penal segue desenvolvendo ações de relevante impacto social”, afirmou o diretor do Complexo Social de Foz do Iguaçu, o policial penal Daniel Rodrigo da Silva.
Com equipe composta por policiais penais, técnicos residentes em Serviço Social, Pedagogia, Direito, e Psicologia, além de agentes de execução, o modelo de trabalho tem se tornado uma referência no desenvolvimento de programas de acompanhamento e tratamento penal.
Ampliação de atendimentos - Os atendimentos realizados pelos Complexos Sociais tendem a aumentar consideravelmente neste ano de 2025, tendo em vista que duas novas unidades entraram recentemente em funcionamento, sendo uma em Umuarama, no noroeste do estado, e outra em Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais. “Esses dois novos Complexos Sociais darão ainda mais destaque para a Política de Atenção à Pessoa Egressa no Estado do Paraná. Com esses novos polos, a PPPR totaliza 15 unidades de atendimento multidisciplinar à pessoa egressa e monitorada além das penas alternativas. A ampliação desses serviços, promove mais cidadania para o assistido e mais segurança para a sociedade”, finaliza Rodrigo Favaro.