Hoje, dia 02 de abril, marca o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, uma data dedicada a aumentar a compreensão sobre o autismo, promovendo a inclusão de pessoas diagnosticadas ou que apresentem os sintomas do autismo.

De acordo com informações da Secretaria da Saúde do Estado do Paraná, o autismo, também chamado de transtorno do espectro autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

A Polícia Penal do Paraná (PPPR) inicia neste ano sua primeira campanha de conscientização sobre o autismo, que visa principalmente auxiliar servidores a identificar e ter mais empatia com colegas que possuem a condição ou têm familiares nesta condição.

Como membros da comunidade e do Estado, a PPPR destaca a importância de garantir os direitos e as necessidades das pessoas autistas. “Isso inclui proporcionar ambientes inclusivos e acessíveis, tornando as pessoas aptas a reconhecer essas pessoas e se relacionar com elas da maneira correta”, defende o diretor-geral  da PPPR, Reginaldo Peixoto.

As principais ações da campanha estão voltadas à conscientização. Sendo assim, durante o mês de abril, serão distribuídos banners e adesivos sobre o assunto pela sede administrativa e unidades prisionais de todo o Estado, além de palestras em parceria com a Associação das Mulheres pela Segurança Pública (Amusp). [hiperlink da matéria sobre elas]

“Temos muitos servidores da Polícia Penal que possuem familiares diagnosticados com autismo. Por isso, a nossa maior prioridade para essa primeira campanha é a conscientização sobre o assunto, para que possamos ajudar os policiais e demais servidores na identificação e relação com autistas”, esclarece o policial penal gestor do Programa de Atenção à Saúde do Servidor Penitenciário (PASSP), Arnaldo Gomes Barbosa.

PROJETOS FUTUROS – A Polícia Penal do Paraná (PPPR) possui dois grandes projetos futuros relacionados à pasta. O primeiro deles é desenvolver um método de sinalização das credenciais de visitas, que identifique visitantes diagnosticados com autismo, visando um atendimento mais adequado do servidor de plantão. Outro projeto é desenvolver um curso de capacitação e treinamento, por meio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (ESPEN), voltado ao atendimento de visitas e/ou pessoas privadas de liberdade com autismo.

“Mais do que conscientizar, é necessário treinar. Treinar nossos servidores para um tratamento penal e um atendimento cada vez mais humanitário e justo. É nisso que a Polícia Penal sempre investe”, declara o diretor-adjunto da PPPR, Maurício Ferracini.

Segundo a diretora da Espen da Polícia Penal, Josiane Scremin, o curso será de extrema importância para a instituição: “Pensamos nele porque sempre pensamos em como evoluir. A causa do autismo não é mais só uma batalha das famílias atípicas e sim da sociedade como um todo. Por isso, vejo que a ideia do curso será muito relevante para a instituição, nossos servidores e custodiados do Estado”, ressalta.