Pipoca, canjica, milho e outras comidas típicas de uma festa caipira fizeram parte do cardápio das detentas do Centro de Regime Semiaberto Feminino de Curitiba (Craf), no final de semana passado. Organizada por servidores, professores, direção da unidade e pelas próprias presas, a festa trouxe descontração para o ambiente prisional.

Segundo a diretora da unidade, Catarina Dinalva de Jesus Lara, esse era um momento muito esperado pelas detentas e só pode acontecer pelo bom comportamento e dedicação que apresentaram com a atividade proposta ao longo das semanas.

"O regime semiaberto permite essa integração social e nesses momentos procuramos exercitar o senso de responsabilidade e compromisso de cada uma delas. Orientamos e acompanhamos todos os passos durante a produção, mas deixamos a responsabilidade de elaborar as atrações, decoração e a alimentação com as detentas", explica a diretora do Craf.

Com a orientação dos professores, as mulheres fizeram os enfeites para a festa, além de ensaiar para as danças típicas. Houve, ainda, um desfile com trajes típicos e concurso para premiar as melhores caracterizações.

S. L. M, 22 anos, presa no semiaberto há um ano e três meses por tráfico de drogas, diz que a festa provocou a participação e união de todas. "É um momento especial, pudemos vestir uma roupa diferente, nos maquiar e então a gente percebe que cada menina tem sua beleza e pode mostrar isso para todos. Estou muito orgulhosa porque as meninas se dedicaram muito", opina.

Todo material utilizado e alimentos foram doados por voluntários e empresas parceiras.