Custodiados recebem assistência religiosa durante a Semana Santa na Casa de Custódia de Curitiba 16/04/2025 - 17:16

Cerca de 20 homens privados de liberdade na Casa de Custódia de Curitiba (CCC) participaram, nesta quarta-feira (16), de um momento de espiritualidade e reconciliação, com a realização de confissões individuais promovidas pela Arquidiocese de Curitiba, com apoio da Pastoral Carcerária.

A atividade faz parte das ações realizadas na Semana Santa, período de reflexão, purificação e renovação espiritual para os cristãos, em que se celebra a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O atendimento religioso foi conduzido pelo bispo auxiliar de Curitiba, Dom Reginei José Modolo, com o apoio de outros seis sacerdotes.

“Deus não faz acepção de pessoas, não discrimina ninguém. Deus convida todos à conversão – esse é o grande convite da Quaresma. Possibilitar a essas pessoas, que estão aqui pelos erros que cometeram, a chance de se reconciliar com Deus é parte da nossa missão”, afirmou Dom Reginei. “Esse trabalho, embora seja de dimensão espiritual, entendemos como necessário também para o convívio social”, completou.

De acordo com o vice-diretor da unidade, Hércules Estevão, os internos que participaram da atividade foram previamente selecionados. “Fizemos um levantamento das pessoas privadas de liberdade que são batizadas e que tinham interesse em participar dessa confissão”, explicou.

Ele ressaltou ainda que a assistência religiosa é um direito previsto na Lei de Execução Penal (LEP) e que integra as iniciativas de ressocialização desenvolvidas no sistema prisional do Paraná. “Todas as entidades religiosas podem se cadastrar para prestar atendimentos aos presos. A liberdade de crença e culto é assegurada e incentivada dentro da unidade”, reforçou o vice-diretor.

OUTRAS AÇÕES – No Complexo Médico Penal (CMP), mulheres privadas de liberdade participaram, nesta semana, de uma oficina de produção de chocolates, realizada em parceria com a Pastoral Carcerária. Todos os materiais utilizados foram doados por voluntários.

Segundo o diretor do CMP, Renê Maciel Wecoski Fernandez, a atividade foi dividida em duas etapas e atendeu 18 apenadas, com o objetivo de ofertar um momento de aprendizado, integração e valorização pessoal.

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