Cúpula de facção criminosa é transferida para presídio federal de Mossoró 17/03/2017 - 09:19
Oito presos de uma facção criminosa, que atua dentro e fora dos presídios em todo o Brasil, foram transferidos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) para a unidade federal de segurança máxima de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte. A remoção aconteceu na manhã de terça-feira (14).
Os oito fazem parte da cúpula desta facção no Paraná e teriam envolvimento ativo em motins, rebeliões e crime organizado tanto nas dependências e como fora dos presídios, na maioria com reféns, com vistas a desestabilizar a segurança pública do Estado e promover atentados contra servidores públicos e autoridades em geral. Todos eles foram alvos da Operação Alexandria – deflagrada em dezembro 2015 e que resultou na prisão de quase 800 pessoas suspeitas de integrar esta facção criminosa.
“A remoção desses presos, essas lideranças do crime organizado que estavam no estado do Paraná, já estava pendente há mais de um ano e é resultado da atenção do Ministério da Justiça com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Agora, de uma maneira mais definitiva, eles ficam isolados, interrompendo a cadeia de comando, interrompendo a comunicação desses presos que, inclusive, tiveram recentemente participação comprovada em rebeliões espalhadas pelo país inteiro. Então, é uma medida muito importante que vem trazer mais tranquilidade para a segurança pública do Paraná”, explicou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita.
Entre os detentos transferidos está Ozélio de Oliveira, que teria liderança sobre a facção criminosa no estado de Roraima. Ele seria suspeito de envolvimento na chacina ocorrida no início deste ano em um presídio de Boa Vista, capital de Roraima. Investigado pela Polícia Federal em 2014 na Operação Weak Link, para desestruturar a facção criminosa em Roraima, Ozélio foi condenado a 83 anos de prisão pelos crimes de roubo, furto e homicídio.
Outro removido para a unidade federal de segurança máxima é Alessandro Souza dos Reis, condenado a mais de sete anos por roubo. Ele é suspeito de ser uma das lideranças da facção no Estado do Paraná. As ações desta quadrilha passavam quase sempre por ele. Outro preso apontado também como líder, ao lado de Reis, é Claudemir Guabiraba, que foi transferido para o presídio de Catanduvas no final do ano passado. Segundo a Polícia Federal, ele é suspeito de envolvimento na morte de um agente penitenciário em Cascavel, região Oeste do Paraná.
“A importância dessa transferência vem ao encontro do nosso aparelho de inteligência e de todo um trabalho que está sendo realizado no sentido de conter o progresso das facções, que são altamente nefastas à administração penitenciária como um todo”, avaliou Luiz Alberto Cartaxo de Moura, diretor do Departamento Penitenciário do Paraná. “Esses oito presos foram para o sistema de regime disciplinar diferenciado, ou seja, segurança máxima junto à Penitenciária Federal de Mossoró”, completou.
A REMOÇÃO - Os detentos deixaram a carceragem da PEP por volta de 9 horas da terça-feira (14) em direção ao aeroporto Internacional Afonso Pena, escoltados por policiais militares do Batalhão de Policia de Guarda (BPGd), de agentes da Seção de Operações Especiais (SOE) e da Polícia Federal (PF), com o apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas) da Polícia Civil do Paraná. Lá eles embarcaram num avião da Polícia Federal (PF) para Mossoró.
A autorização para transferência foi da Justiça Federal do Rio Grande do Norte e atendeu ao pedido feito pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná. Inicialmente seriam removidos 12 detentos, mas Marlon Magno Freitas Castelhano morreu na troca de tiros com a polícia no dia 15 de janeiro deste ano quando presos tentaram fugir em massa da PEP. Renato Maciel Dias e Rafael Antônio dos Santos conseguiram fugir e são procurados pela polícia. Thiago dos Santos fugiu do regime semiaberto no dia 2 de janeiro de 2017 – menos de um mês após progredir de regime.
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná efetuou o pedido de remoção logo após a Operação Alexandria. Inicialmente a lista continha o nome de 39 presos. No início de 2017, Mesquita esteve numa reunião em Brasília com o então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quando reapresentou o pedido de transferência – no auge das rebeliões ocorridas no início deste ano.
Os oito fazem parte da cúpula desta facção no Paraná e teriam envolvimento ativo em motins, rebeliões e crime organizado tanto nas dependências e como fora dos presídios, na maioria com reféns, com vistas a desestabilizar a segurança pública do Estado e promover atentados contra servidores públicos e autoridades em geral. Todos eles foram alvos da Operação Alexandria – deflagrada em dezembro 2015 e que resultou na prisão de quase 800 pessoas suspeitas de integrar esta facção criminosa.
“A remoção desses presos, essas lideranças do crime organizado que estavam no estado do Paraná, já estava pendente há mais de um ano e é resultado da atenção do Ministério da Justiça com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Agora, de uma maneira mais definitiva, eles ficam isolados, interrompendo a cadeia de comando, interrompendo a comunicação desses presos que, inclusive, tiveram recentemente participação comprovada em rebeliões espalhadas pelo país inteiro. Então, é uma medida muito importante que vem trazer mais tranquilidade para a segurança pública do Paraná”, explicou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita.
Entre os detentos transferidos está Ozélio de Oliveira, que teria liderança sobre a facção criminosa no estado de Roraima. Ele seria suspeito de envolvimento na chacina ocorrida no início deste ano em um presídio de Boa Vista, capital de Roraima. Investigado pela Polícia Federal em 2014 na Operação Weak Link, para desestruturar a facção criminosa em Roraima, Ozélio foi condenado a 83 anos de prisão pelos crimes de roubo, furto e homicídio.
Outro removido para a unidade federal de segurança máxima é Alessandro Souza dos Reis, condenado a mais de sete anos por roubo. Ele é suspeito de ser uma das lideranças da facção no Estado do Paraná. As ações desta quadrilha passavam quase sempre por ele. Outro preso apontado também como líder, ao lado de Reis, é Claudemir Guabiraba, que foi transferido para o presídio de Catanduvas no final do ano passado. Segundo a Polícia Federal, ele é suspeito de envolvimento na morte de um agente penitenciário em Cascavel, região Oeste do Paraná.
“A importância dessa transferência vem ao encontro do nosso aparelho de inteligência e de todo um trabalho que está sendo realizado no sentido de conter o progresso das facções, que são altamente nefastas à administração penitenciária como um todo”, avaliou Luiz Alberto Cartaxo de Moura, diretor do Departamento Penitenciário do Paraná. “Esses oito presos foram para o sistema de regime disciplinar diferenciado, ou seja, segurança máxima junto à Penitenciária Federal de Mossoró”, completou.
A REMOÇÃO - Os detentos deixaram a carceragem da PEP por volta de 9 horas da terça-feira (14) em direção ao aeroporto Internacional Afonso Pena, escoltados por policiais militares do Batalhão de Policia de Guarda (BPGd), de agentes da Seção de Operações Especiais (SOE) e da Polícia Federal (PF), com o apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas) da Polícia Civil do Paraná. Lá eles embarcaram num avião da Polícia Federal (PF) para Mossoró.
A autorização para transferência foi da Justiça Federal do Rio Grande do Norte e atendeu ao pedido feito pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná. Inicialmente seriam removidos 12 detentos, mas Marlon Magno Freitas Castelhano morreu na troca de tiros com a polícia no dia 15 de janeiro deste ano quando presos tentaram fugir em massa da PEP. Renato Maciel Dias e Rafael Antônio dos Santos conseguiram fugir e são procurados pela polícia. Thiago dos Santos fugiu do regime semiaberto no dia 2 de janeiro de 2017 – menos de um mês após progredir de regime.
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná efetuou o pedido de remoção logo após a Operação Alexandria. Inicialmente a lista continha o nome de 39 presos. No início de 2017, Mesquita esteve numa reunião em Brasília com o então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quando reapresentou o pedido de transferência – no auge das rebeliões ocorridas no início deste ano.