Cães resgatados de enchentes no Rio Grande do Sul ganham casinhas construídas por apenados do Paraná 20/05/2024 - 10:56

O trabalho realizado por pessoas privadas de liberdade (PPL) custodiadas na Regional Administrativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em Cascavel, no oeste do estado, na construção de casinhas, roupinhas pet, caminhas e vários acessórios para cães, tem alcançado grandes resultados desde a criação do “Projeto Pipoca”, há 4 anos. O objetivo do projeto é doar estes itens para animais em situação de vulnerabilidade, contribuindo também com as atividades de protetores de animais e Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam em prol da causa animal.

Tendo em vista a triste situação do estado do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas que resultaram em enchentes severas nas últimas semanas, que destruíram diversas cidades e deixaram milhares de pessoas e animais desabrigados, o Projeto Pipoca tem servido também como auxílio para os animais resgatados no estado gaúcho e que precisam de vários tipos de amparos, entre eles, de abrigos.

Em uma parceria entre a PPPR, a ONG Latidos do Bem, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Conselho de Meio Ambiente (Comam), todas estas instituições de Cascavel, centenas de casinhas e acessórios para animais estão sendo construídos e encaminhados para a cidade de Canoas (RS), uma das mais afetadas. O Comam disponibiliza recursos para compra de materiais e insumos, que são previamente fiscalizados pela Sema e repassados aos apenados da sede da Regional Administrativa da PPPR e também da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP) para a construção das casinhas e acessórios, como roupinhas tradicionais, roupinhas cirúrgicas, coleiras, guias e caminhas.

Após finalizados, todos os objetos são destinados para a ONG, cujos voluntários providenciam o encaminhamento dos materiais para o Rio Grande do Sul, juntamente a uma gama de itens arrecadados, como remédios, vacinas e toalhas para secar os animais. A ONG Latidos do Bem também conta com médicos veterinários e adestradores como voluntários que viajaram ao estado gaúcho para auxiliar nos trabalhos.

Para o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Reginaldo Peixoto, esta ação mostra que a união de esforços pode gerar grandes conquistas. “Nós vimos uma oportunidade de estender nosso auxílio aos irmãos gaúchos, contribuindo com a causa animal neste momento difícil. Estamos acompanhando o drama dos resgates e toda a dificuldade que o ambiente impõe. Felizmente, muitos animais puderam ser salvos, muitos ainda seguem sendo salvos dia após dia e agora eles necessitarão de amparos em locais seguros”, destaca.

Na primeira viagem, foram levadas 108 casinhas e outras 42 unidades estão em processo de finalização para serem encaminhadas em uma segunda remessa. Contudo, o projeto para ajudar o Rio Grande do Sul prevê a construção de 900 casinhas no total, ainda sem datas definidas para confecções e entregas.

“É importante destacar que a mão de obra utilizada para confecção destas casinhas é carcerária. Nós conseguimos produzir de 6 a 8 casinhas por dia. A doação destas casinhas para o Rio Grande do Sul só é possível graças aos nossos parceiros”, destaca o diretor da Regional Administrativa da PPPR em Cascavel, Thiago Correia.

Os apenados envolvidos na confecção destes objetos atuam de forma voluntária e para isso recebem remição de pena, ou seja, a cada três dias trabalhados no projeto eles têm um dia a menos de pena.

“Temos a expectativa de doar 900 casinhas no total, conforme aprovação de custeio do Comam, além de 600 roupinhas cirúrgicas e colares elizabetanos. As casinhas são feitas com palets doados por uma gráfica e que eram utilizados para o armazenamento de papel, então são objetos de madeira bem limpos que facilitam bastante a produção das casinhas”, afirma uma das responsáveis pela ONG Latidos do Bem, Luciana Braga.

Projeto Pipoca – O projeto teve início em 2020 pela Polícia Penal em parceria com a ONG Latidos do Bem, em homenagem a uma cachorrinha chamada ‘Pipopa’, que era ‘moradora’ no pátio da Cadeia Pública de Cascavel. O projeto, em seu princípio, fabricava roupas e coleiras reflexivas para animais de rua, para que estes fossem vistos com mais facilidade a noite, no trânsito, com a intenção de evitar atropelamentos. Depois, o projeto evoluiu para construção de caminhas pet, roupas cirúrgicas e casinhas para cães. A mão de obra para confecção destes objetos são oriundas do sistema prisional do Paraná.

Ao longo destes quatro anos, o projeto construiu casinhas na Cadeia Pública de Cascavel, na Cadeia Pública de Toledo, na sede da ONG e depois passou a ser feito na sede da Regional Administrativa e também na Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP-UP). Atualmente, o projeto tem dois viés: um deles é a construção das casinhas feitas em uma marcenaria localizada na sede da Regional Administrativa e o outro envolve a produção de caminhas, roupinhas pet, coleira, guia, roupinhas de castração, produzidas na parte têxtil nas dependências da PIMP-UP, também em Cascavel.

Antes deste acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Conselho de Meio Ambiente e a ONG Latidos do Bem, a Polícia Penal já fazia a construção de casinhas para cães com materiais 100% oriundos de doações.

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