Cães da Polícia Penal atuam de forma integrada com as outras forças de segurança do Paraná 13/02/2024 - 12:23
Os cães da Polícia Penal do Paraná (PPPR) desenvolvem trabalhos dentro e fora das unidades prisionais. Em algumas ações apoiam inclusive outras forças da segurança pública como apoio à Polícia Civil em cumprimentos de mandados de busca e apreensão; apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF) quando há suspeita de algum veículo estar transportando algum objeto lícito ou drogas e naquela localidade não tenha uma equipe de operações com cães da PRF; demonstrações de cunho educacional e/ou recreativo.
Além destas operações policiais, vale destacar que os cães são frequentemente utilizados em operações de busca e salvamento, sendo extremamente úteis para outras forças da segurança pública como o Corpo de Bombeiros. Seja em desastres naturais, como terremotos ou inundações, ou em situações de busca por pessoas desaparecidas. Os cães são capazes de farejar e localizar sobreviventes mais rapidamente do que as equipes humanas. Sua agilidade e habilidade de se movimentar em terrenos difíceis também são vantagens importantes nessas operações.
A PPPR, por meio das equipes K9, tem realizado ainda apresentações e palestras de cunho educativo, visando a prevenção quanto ao uso de drogas ilícitas, apresentando de forma lúdica e pedagógica o trabalho da Polícia Penal e do emprego de cães na instituição, aproximando cada vez mais a corporação do público civil.
Dados operacionais e de treinamentos em 2023 – Durante todo o decorrer do ano passado, as unidades K9 da Polícia Penal em todo o estado passaram por centenas de treinamentos para atuarem em operações dentro e fora do sistema prisional do Paraná. Entre as atividades que mais se destacaram em 2023 está a Operação Safra Segura, realizada entre 13 de março e 28 de abril, totalizando 45 dias de atuação de 14 policiais penais e 5 cães do Setor de Operações Especiais, que se revezaram. As ações de fiscalização foram realizadas no posto da Polícia Rodoviária Estadual no município de Diamante do Norte, utilizado como base para 353 abordagens e inspeções, sendo 170 em caminhões, 160 em automóveis, 21 em ônibus e 2 em motos.
Em abril, cães da Polícia Penal também atuaram em conjunto com outras forças de segurança na Operação Efeito Dominó, deflagrada nas cidades de Nova Londrina e Marilena, referente a tráfico de entorpecentes e lavagem de dinheiro. Durante as ações, foram localizadas porções de crack e cocaína que totalizaram 2 quilos, além de dinheiro e celulares, graças ao fundamental trabalho dos cães policiais. No mesmo mês, outra operação intitulada Erva Daninha, realizada na cidade de Itaúna do Sul, contou com o trabalho dos cães Luke e Casull da Polícia Penal, resultando na prisão de um homem e na apreensão de uma adolescente, flagrados com drogas, dinheiro e uma arma de fogo.
Muitas outras operações cujos resultados foram contabilizados por outras forças policiais, também tiveram a importante atuação de cães farejadores da PPPR. Todo o trabalho reflete a qualidade dos treinamentos dos cães realizados pelas equipes do SOE. Em 2023, foram 593 treinamentos para detecção de objetos; 360 treinamentos de obediência; 64 treinamentos de recaptura; 104 treinamentos de proteção aos policiais penais; 76 ações institucionais; entre outras práticas. O ano também contou com centenas de operações intramuros nos estabelecimentos penais do estado, sendo 93 registros de ações com cães como proteção aos servidores; 10 registros de inspeções penitenciárias; 25 operações para detecção de ilícitos; 2 registros de inspeções em cadeias públicas; além de 2 operações de recaptura de evadidos.
O policial penal pertencente a equipe K9 do SOE de Maringá, Rodrigo Nieri da Costa, explica que o emprego de cães na atividade policial se justifica por diversas razões, desde as habilidades específicas do animal até a redução de esforço físico do policial. “O número de células olfativas é mais de dez vezes maior em um cão do que em um ser humano e estes animais possuem um volume maior do cérebro destinado a este atributo. Desta maneira, ele consegue localizar, através do odor, objetos que nós, humanos, teríamos muita dificuldade para encontrar. Estima-se que, em média, em um trabalho de busca, um cão utilizaria 30% de tempo a menos que um humano utilizaria”, aponta Nieri.
Esta é a parte 2 de uma série com 3 matérias sobre o uso de cães nas operações da Polícia Penal do Paraná, enfatizando essa importantíssima ferramenta que ajuda o departamento a alcançar os melhores resultados possíveis nas ações dentro e fora do sistema prisional do estado.