Agentes penais de Maringá evitam entrada de mais de 500 celulares e 11 quilos de maconha em cinco meses 15/06/2020 - 11:40

Entre janeiro e maio de 2020, em 121 ocorrências em Maringá, agentes penais do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) apreenderam mais de 500 celulares e quase 470 acessórios para os aparelhos, os quais poderiam chegar aos presos, mas foi interceptado. Além disso, mais de 11 quilos de maconha, um quilo de haxixe, 2,2 mil pacotes de fumo e diversos outros materiais proibidos também foram recolhidos nas ações.

Dentre as 121 operações, todas desencadeas no perímetro externo e intramuros das unidades penais de gestão plena da cidade, estão incluídas 47 operações realizadas por agentes penitenciários do Setor de Operações Especiais (SOE) da Divisão de Operações de Segurança (DOS) e 74 operações integradas com os Grupos de Segurança Interna das prisões.

Nas ações, os agentes recolheram 507 celulares e 469 acessórios, sendo 64 carregadores, 215 baterias e 107 chips e 83 cabos USB, além de quatro cartões de memória e dois pen drives. Os agentes ainda apreenderam 11,1 quilos de maconha, um quilo de haxixe, um comprimido ecstasy, 2.214 pacotes de fumo, 10 maços de cigarro. De materiais de construção, foram apreendidas quatro brocas, 33 serras e duas caixas de massa epóxi, que provavelmente seriam usadas para cavar ou cortar paredes.

"O nosso trabalho é diuturno e, apenas nestes cinco primeiros meses, os agentes penais do SOE, com o apoio dos policiais das unidades do Complexo Penitenciário de Maringá, prenderam 12 pessoas que foram encaminhadas à delegacia de Maringá e respondem por tráfico de entorpecentes e pelo crime de entrada de ilícitos em unidades prisionais", afirmou o coordenador regional de Maringá e chefe do DOS, Luciano Brito.

Brito destacou ainda que todos os materiais foram aprendidos antes de chegarem aos presos, na área interna dentro dos muros das unidades, antes de os detentos pegarem ou antes mesmo de serem arremessados. Nestes casos, os agentes percebiam atitudes suspeitas, porque as pessoas se aproximavam das muralhas das unidades e tentavam jogar estes materiais para o interior, mas foram flagrados.

Entre 1º de janeiro e 19 de março, antes da suspensão das visitas em função da pandemia do Covid-19, ou seja, quando as visitas ainda estavam liberadas, foram feitos ainda 12 mil procedimentos de revista de entrada pelos bodyscans. A cidade abriga a Penitenciaria Estadual de Maringá (PEM), a Casa de Custódia de Maringá (CCM) e a Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM).

"Todos estes materiais seriam utilizados pelos presos dentro das unidades, possivelmente para a prática de outros crimes. As drogas e  os entorpecentes, além do consumo, são traficados nas unidades prisionais, o que gera violência. Portanto, sempre enaltecemos o trabalho de nossos agentes no enfrentamento a estes delitos, como forma de contribuição para a Segurança Pública", destacou Brito.

O coordenador regional ainda lembra que estas ações exigem uma atenção maior dos servidores, mas são tão importantes quanto as operações dentro das unidades. "O trabalho constante de revistas no interior das unidades apreendendo os materiais não permitidos é importante, mas as apreensões feitas antes de estes materiais ilícitos chegarem às mãos dos criminosos é fundamental e merece destaque", afirmou.

GALERIA DE IMAGENS