A Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) foi a primeira unidade prisional de grande porte construída no interior do Paraná, em 1994. Em comemoração aos 30 anos de inauguração, na manhã desta sexta-feira (26) foi realizada uma solenidade em homenagem a toda a história que a unidade representa ao sistema prisional paranaense.

O evento reuniu servidores que estavam presentes desde a fundação da PEL, tanto ativos que ainda continuam suas atividades na unidade, quanto aposentados. O corpo de trabalho da penitenciária sempre foi integrado também por servidores técnicos e administrativos, advindos de outros órgãos públicos, como profissionais da educação, da saúde, do direito, do serviço social, da psicologia, entre outros.

Inicialmente, a penitenciária foi fundada para atender a demanda de 360 pessoas privadas de liberdade, com o objetivo de auxiliar no desafogamento do sistema paranaense. Durante as três décadas de funcionamento, já foram realizadas diversas obras de reestruturação, visando a ampliação de vagas, o reforço na segurança e a custódia digna. Com isso, atualmente a unidade possui 504 vagas.

A PEL é uma unidade totalmente mecanizada, com um sistema de segurança em que o custodiado transita (para o banho de sol, salas de aula e trabalho) de modo que não possui nenhum contato físico com os servidores. Além disso, dispõe do escaneamento corporal (body scan), outra ferramenta moderna que auxilia no trabalho diário dos policiais focando sempre na segurança.

A unidade é um dos estabelecimentos penitenciários mais seguros do estado, com uma estrutura física robusta e reforçada, além de abrigar a base de operações especiais de Londrina anexada ao espaço e também fazer fronteira com o 5º Batalhão da Polícia Militar.

Reconhecendo e respeitando os direitos fundamentais e a dignidade humana, a instituição sempre buscou promover um ambiente propício para a evolução das pessoas privadas de liberdade e a sua reinserção na sociedade como cidadãos renovados e conscientes de suas responsabilidades.

O diretor-geral da Polícia Penal do Paraná (PPPR), Reginaldo Peixoto, enfatiza que a unidade tornou-se referência em diversas áreas: “Principalmente voltadas à educação e à segurança. Em questão de salas de aula e ensino de qualidade, a unidade atingiu o número expressivo de 30 aprovados na Universidade Estadual de Londrina, por exemplo. A PEL é uma das unidades mais seguras e organizadas do Paraná, ela ensinou muito ao estado e ensina até hoje”.

Segundo o diretor regional de Londrina, que já fez parte do corpo de trabalho da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), Élcio Martins Basdão, a unidade já recebeu diversas visitas internacionais tornando-se referência na América do Sul devido às políticas de ressocialização implantadas desde a década de 90.

“Em 1997, a PEL auxiliou também na custódia de três presos de alta periculosidade do estado de São Paulo ligados à liderança de uma organização criminosa paulista, e com o passar dos dias, tomamos conhecimento de que o crime organizado tinha chegado no Paraná.Hoje, vendo a estrutura revitalizada da unidade, com mais segurança e conforto aos servidores, só tenho a parabenizar a Polícia Penal e a todos os policiais que já passaram por aqui”, complementa.

O diretor da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), Lincoln Luciano da Costa, compartilha sua gratidão: “Sinto-me verdadeiramente orgulhoso por estar aqui na data de hoje juntamente com aqueles que me acompanharam desde o início. Só posso parabenizar a todos os servidores, que com garra completaram trinta anos de trabalho nesta unidade, honrando suas funções”.

“Para mim é um prazer fazer parte deste evento. Tivemos muita luta e dificuldade, mas com o passar dos anos as coisas foram melhorando e o Estado foi nos dando mais condições. Essa comemoração é realmente para parabenizar um trabalho que vem sendo realizado há 30 anos”, ressalta o policial penal Luciano Pereira dos Santos que trabalha na PEL desde sua inauguração.

VESTIBULAR UEL – Na última semana, 52 pessoas custodiadas nos estabelecimentos penais londrinenses foram aprovadas no vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Trinta delas da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL); 10 da Penitenciária Estadual de Londrina II – Unidade de Progressão (PEL II UP), cinco da PEL III; quatro da Casa de Custódia de Londrina (CCL) e três da Cadeia Pública Feminina (CP Feminina).

Os aprovados dividem-se em diversos cursos, como Serviço Social, Educação Física, Geografia, Letras-Português, História, Pedagogia, Administração, Jornalismo, Física e Relações Públicas. Catorze ficaram na lista de espera e podem ser chamadas nas próximas convocações.