Presos da cadeia de Andirá confeccionam peças em lã para idosos 17/08/2020 - 15:23

Presos custodiados na Cadeia Pública de Andirá, no Norte Pioneiro, produziram peças em lã que foram doadas ao lar de idosos da cidade. O projeto realizado em parceria com o Conselho da Comunidade teve como objetivo proteger os idosos do frio do inverno, assim como envolver os detentos em atividades que tragam algum retorno social, além da redução da pena por meio do trabalho. O projeto conta ainda com o apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público local.

“Nossa missão é preparar o indivíduo para que ele retorne a sociedade uma pessoa melhor do que entrou, por isso buscamos envolvê-los, principalmente, em atividades de ensino e trabalho, mas também que possam trazer algum benefício à sociedade”, afirma o diretor do Depen, Francisco Caricati.

KITS - Ao todo, 12 detentos confeccionaram a mão 124 peças em lã. Com isso, idosos do Lar dos Velhinhos Dona Aracy Barbosa receberam um kit composto de gorro, cachecol e pantufa. Cada preso foi responsável pela produção de quatro kits, o que corresponde a uma redução de 12 dias da pena a cumprir. Todos os materiais utilizados para confeccionar as peças foram doados por meio do Conselho da Comunidade de Andirá, que também participou da entrega das peças.

A presidente do Conselho, Maria Nilva de Oliveira Bernardelli, diz que um dos papéis fundamentais do órgão é trazer melhorias na qualidade de vida dentro do cárcere, assim como, buscar a ressocialização desses detentos. “A confecção de tais artesanatos proporciona concentração, disciplina, criatividade, além de trabalhar o lado psicomotor do reeducando. Ainda, todos os itens confeccionados são utilizados em prol da comunidade carente”, explica a presidente.

Para o gestor da Cadeia Pública de Andirá, João Vitor Silveira de Oliveira, o projeto além de trazer benefícios comportamentais para o preso e a redução da pena, também trabalha a conscientização social e, nesse caso, proporcionou aos idosos que residem no lar mais conforto e qualidade de vida.

“Assim como dizia meu pai, que também trabalhou na ressocialização de detentos, não importa o lugar onde estejamos, a solidariedade nos permite sonhar com todas as portas abertas no futuro”, enfatiza o gestor.

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