Pessoas privadas da liberdade concluem curso de artefatos e blocos de concreto em Maringá 29/11/2022 - 12:18

Um grupo de 22 pessoas privadas de liberdade (PPL) da Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM) concluiu, no último dia 18, o curso profissionalizante de Artefatos e Concretos. As 160 horas de aulas teóricas e práticas, que foram ofertadas pela unidade em parceria com a empresa ABC Training, aconteceram dentro da penitenciária.

O curso, que foi ministrado pelo professor José Antônio Gregório, faz parte da programação da Unidade de Progressão, que tem por objetivo oferecer opções para que o apenado aprenda profissões, a fim de promover a reinserção na sociedade após o cumprimento da pena. 

O diretor da unidade prisional, o policial penal Vaine Gomes, disse que o êxito do curso se deve ao fato que a CPIM possui uma fábrica de artefatos de cimento em suas dependências, onde são produzidos blocos, pavers e sextavados.  “Durante o curso, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer todo o funcionamento, montagem e manutenção do maquinário da fábrica e foram treinados para operá-los. Esta instalação auxilia na execução das aulas práticas, pois as PPL podem aprender enquanto produzem os artefatos de cimento”, afirmou.

“As PPL têm direito a uma nova oportunidade, a ter acesso ao mercado de trabalho e a uma vida digna e independente. Os cursos de qualificação oferecidos são a porta de entrada para uma nova vida a dezenas de apenados”, avaliou a pedagoga da unidade, Ivanir Jolio, que acompanhou todas as aulas.

A FÁBRICA - Os materiais de cimento produzidos na CPIM são utilizados em obras do próprio Complexo Penitenciário de Maringá, que engloba a Penitenciária Estadual, Casa de Custódia e a CPIM, além de outras unidades prisionais da região, como é o caso da Penitenciária de Campo Mourão. Parte da produção recente será aplicada no calçamento da Estrada Velha Maringá-Paiçandu, no trecho em frente às três penitenciárias.