Encantos da Leitura é o nome que dá vida ao projeto pioneiro da Polícia Penal do Paraná (PPPR) na região de Umuarama, unindo arte, educação e ressocialização de pessoas privadas de liberdade. O objetivo da iniciativa é instigar a criatividade de mulheres privadas de liberdade para desenvolver livretos com desenhos para colorir, que posteriormente serão doados às unidades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

O projeto teve início em fevereiro na Cadeia Pública Feminina de Iporã e já em março a produção estendeu-se para unidade penal de Altônia. Em fase de produção do segundo livro, já foram mais de 150 exemplares impressos e crianças atendidas pelo projeto, contando com a participação de seis apenadas na produção de histórias e desenhos exclusivos.

A Apae do município de Iporã foi a primeira unidade a ser beneficiada pelo projeto, onde as crianças tiveram a oportunidade de se conectar com a história, em um momento especial de leitura e atividade de pintura, guiadas pelos professores. “As crianças foram estimuladas à imaginação, despertando a curiosidade, a autonomia e o desenvolvimento cognitivo delas através da arte. Foi muito inspirador e positivo para nós”, destaca a diretora da Apae, Ilma Natale Fiorelli.

“Este intercâmbio cultural e emocional entre as crianças e as detentas reforça a ideia de que a arte e a educação podem construir pontes, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento pessoal”, explica o diretor regional de Umuarama, Arnobe Lemes dos Reis.

O gestor de Cadeia Pública de Iporã, Marcelo Vilvert Lima, ressalta que a iniciativa não apenas desafia, mas também supera as barreiras físicas e psicológicas impostas pelo encarceramento. “Limitando-se a um lápis e três folhas de papel sulfite, o Encantos da Leitura já transformou a vida de todas as apenadas que participaram, que contribuíram com desenhos e narrativas criados por elas, resultando em um livreto repleto de criatividade e expressão pessoal”.

O policial penal, José Leocádio Miranda, idealizador do projeto Encantos da Leitura, compartilha que pretende dar continuidade ao projeto, instigando a participação de cada vez mais mulheres. A ideia é também realizar doações dos exemplares nas escolas municipais da região.

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