A enfermeira Alessandra Andréa da Silva Tetzlaff, que atua no Complexo Médico Penal (CMP), administrado pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) e localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, tomou posse na Comissão Técnica de Enfermagem Forense do Paraná, promovida pelo Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) e homologada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Sua carreia assistencial na enfermagem versa na atuação em todos os ciclos de vida acometidos por situações de violência, seja auxiliando na proteção e restabelecimento da saúde das vítimas e seus familiares, bem como, ser a ponte de ligação em busca de justiça por meio da identificação, recolha e preservação dos vestígios. Na busca contínua de conhecimentos, titulou-se como Enfermeira Forense em 2018, possui mestrado em Tecnologia em Saúde, doutorado em Educação e pós-doutorado em Investigação Forense (EUA). Atualmente, Alessandra atua como pesquisadora internacional, docente titular e enfermeira assistencial no CMP.

“Atualmente, o Complexo Médico Penal de Pinhais é uma unidade referência para os casos de saúde no âmbito da Polícia Penal do Paraná. Em cada uma das nossas nove regionais administrativas temos equipes de saúde, todavia, a grande referência para os casos que envolvem o sistema prisional é, de fato, o CMP. Para a PPPR, ter uma profissional com essa habilidade e experiência participando desta destacada comissão, é um ganho muito forte em todos os sentidos, seja para a instituição, para a profissional e, também, para a própria comissão, por conta dos trabalhos que esta profissional poderá realizar ao longo de suas atividades”, destaca o diretor-adjunto da PPPR, Maurício Ferracini.

“Senti-me honrada pelo convite do Coren-PR, pois considero um grande marco para a consolidação desta especialidade no Brasil. Somos a sétima Comissão Nacional e temos muito trabalho pela frente. Não descansarei um minuto no combate à violência e na busca pelo objetivo desta comissão, que é o desenvolvimento de profissionais cada vez mais qualificados e aptos para o campo de trabalho em qualquer nível de atenção. Almejamos que a área da Enfermagem Forense se fortaleça em todas as esferas”, destaca Alessandra.

A cerimônia de posse ocorreu no auditório do Centro Universitário Internacional (Uninter) e com transmissão on-line por meio da multiplataforma CofenPlay, contou com a presença da presidente do Coren-PR, Dra. Ethelly Feitosa; da deputada estadual, Márcia Huçulak; da Responsável Técnica da Atenção Primária em Saúde, enfermeira Suelen dos Anjos, que representou a secretária municipal de saúde, Beatriz Batistella Nadas; do pró-reitor de graduação, prof. Dr. Rodrigo Berté e do presidente da Comissão Nacional de Enfermagem Forense, Dr. Coutinho. Após a abertura e posse, iniciou-se o curso de “Sensibilização para Enfermeiros sobre a Enfermagem Forense”, que abordou pontos cruciais sobre os avanços da enfermagem forense, cadeia de custódia, Ética - protocolos e fotografia forense, maus-tratos, traumas e outras formas de violência e estrangulamento não fatal e simulação.

A enfermagem forense é uma especialidade reconhecida no Brasil desde o estabelecimento da Resolução Cofen 389/2011, estando regulamentada pelas Resoluções Cofen 556/2017 e 700/2022, que tratam das competências gerais e específicas na área da Enfermagem Forense e da atuação do enfermeiro no âmbito do atendimento às vítimas de violência. O enfermeiro forense tem visão para promover e fazer avançar a atuação da enfermagem no contexto da violência e do abuso, trabalhando na prevenção, na identificação e nos cuidados. A especialidade também permite contribuir com melhorias para a prática da educação e das políticas públicas.