Complexos Sociais da Polícia Penal do Paraná recebem 93 novos residentes 19/12/2022 - 16:44

Os Complexos Sociais da Polícia Penal do Paraná receberam o reforço de 93 novos residentes na última sexta-feira (16). A solenidade de chegada deles ocorreu em reunião online. Os novos contratados serão distribuídos pelos 14 Complexos Sociais do Estado para fazer parte das equipes nas áreas de serviço social, direito, psicologia, administração e pedagogia.

Criados para dar apoio psicossocial e de integração social por meio de projetos e ações a pessoas que já saíram do Sistema Penitenciário, sejam elas egressas ou monitoradas pela Polícia Penal, os Complexos Sociais estão estabelecidos nas principais cidades do estado. A iniciativa foi implantada em 2019 e, atualmente, atende mais de 76 mil pessoas. Nos locais, estão centralizados serviços de diferentes áreas, que visam o suporte necessário para resgatar a cidadania do apenado durante seu retorno social.

O projeto tem apoio da Polícia Penal do Paraná (PPPR), em conjunto com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (GMF/TJPR). O objetivo é implementar políticas consistentes no Núcleo de Atenção a Pessoas Monitoradas (Nupem).

EVOLUÇÃO - O diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, afirma que o Sistema Penitenciário do Paraná está sempre em constante evolução e que essa é uma construção que depende de todos que fazem parte do sistema. "Afinal, nosso foco é reconstruir vidas através do tratamento penal de qualidade e individualizado”, disse o . “Por isso, precisamos ter pessoas competentes em todas as áreas para conseguir avançar na construção de um sistema que ofereça uma ressocialização digna aos apenados”, ressaltou.

O diretor de Tratamento Penal, Blacito Sampaio, destaca o esforço da equipe da PPPR em construir um trabalho íntegro. “Além dos nossos trabalhos de classificação de perfil do sistema prisional, acabamos enxergando a necessidade de fazer um trabalho pós cumprimento de pena, através dos Complexos Sociais, visando tornar possível a reinserção social e diminuição da reincidência penal. Precisamos ter esse trabalho antes que o apenado deixe o sistema, mas também depois que ele cumpre a sua pena”, esclarece.

O desembargador do Tribunal de Justiça e supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Medidas Socioeducativas do Paraná, Ruy Muggiati, fala sobre a abordagem necessária aos atendimentos. “Acreditar no projeto é importantíssimo para que ele flua, pois quando acreditamos que serão cidadãos responsáveis e autônomos no caminho da legalidade, traz consequentemente autoconfiança para eles. É preciso que trabalhemos em conjunto e com empatia para tratar os casos de forma individual, atendendo suas particularidades. É nosso papel entender essa individualidade e prestar a assistência que necessitam”, finaliza.