O Centro de Integração Social (CIS), localizado no Complexo de Piraquara, é considerado uma unidade feminina prisional de progressão, cujo o principal objetivo é contribuir para o desenvolvimento integral da pessoa privada de liberdade (PPL) e condicioná-la para uma reinserção social produtiva.

A unidade é norteada pelos princípios da humanização, justiça restaurativa, corresponsabilidade, sociabilidade e governança sustentável. É destinada a apenadas em regime fechado nos termos da Lei de Execução Penal (LEP), oferecendo preferencialmente oportunidade em função da faixa etária, escolaridade, estado de saúde e natureza do crime, sendo o seu perfil analisado junto ao Sistema de Informações Penitenciárias.

As mulheres privadas de liberdade não podem possuir sua execução penal em andamento, pendências de decisão final e nem ter cometido quaisquer delitos descritos na Lei de Crimes Hediondos – exceto aqueles praticados sem violência ou grave ameaça – para serem designadas ao centro.

A LEP assegura a todas as pessoas privadas de liberdade o direito da educação e, portanto, entre os principais parceiros do Centro de Integração Social, está a Fanduca, uma instituição particular de ensino conveniada ao estado, que trabalha com a Metodologia Ativa desenvolvendo habilidades e competências fundamentais na conduta moral, ética e crítica de cada aluna.

Na última sexta-feira, 25, ocorreu mais uma cerimônia de formatura na unidade prisional, com 84 formandas nos cursos profissionalizantes de gestão de empresa (auxiliar de escritório, assistente administrativo, assistente de recursos humanos e assistente contábil), construção civil (pedreiro de alvenaria, pintor de obras, instalador eletricista predial de baixa tensão e azulejista) e bem-estar (biossegurança do trabalho, manicure, pedicure, maquiagem, micropigmentação de sobrancelhas, olhos e lábios). 

Os cursos tiveram a duração de 240 horas no período do mês de março até novembro. 

A diretora do Centro de Integração Social, Paula Cozlik, comenta sobre a importância do apoio da Fanduca:

“Essa parceria proporciona a reinserção das pessoas privadas de liberdade na sociedade reacendo a chama da esperança por um futuro melhor e mais digno, uma vez que tais cursos ajudam não somente na entrada no mercado de trabalho mas também na superação dos desafios, na autoconfiança e no resgate da dignidade dessas mulheres”.